quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reparando os danos da vida...

O fato é que todos somos ou estamos danificados. É claro que não no mesmo nível, mas todos estamos. Dizem que talvez seja esta a beleza da vida. Talvez eu acredite, talvez, pelo fato de todos compartilharmos da mesma beleza deste sentimento penoso, por vezes insuportável, talvez seja isso que nos lembre que somos humanos, capazes de sentirmos dor, sofrimento, tristeza.

inFelizmente não podemos fugir dos danos da vida. O que acontece é que quando ele(s) bate(m) à nossa porta, nós temos que aprender a lidar com ele(s). Temos que escolher reparar os danos trazidos por nossas decisões impulsivas e, talvez, egoístas. Os danos da vida nos fazem pessoas melhores, como nunca fomos. Eles nos fazem sermos mais compassivos e amáveis às pessoas que encontramos. Porque sabemos como é ser danificado. Sabemos como é ficar preso em uma rotina na qual nunca desejaríanos nos ter colocado. Sabemos, também, quão maravilhoso é emergir do dano, querendo repará-lo e colher os frutos de nossa determinação, paciência e perseverança.

Somos todos danificados. Ninguém é exceção. Vivemos, amamos, caímos, somos queimados por nossas cicatrizes, danificamos nosso ego até escolhermos viver e amar e fazer tudo novamente. É a vida. Ter a coragem de continuar vivendo, apesar de tudo. Porque sabemos que uma vez que tenhamos superado os estágios cruciais da vida, nos tornamos, ou nos fazemos, ainda mais bonitos pelos nossos danos, cicatrizes, erros.

Adoro ser e odeio ser. Porque a minha cabeça bagunçada enxerga razão nas coisas mais absurdas e fica pensando que se minha razão é distorcida eu, então, não faço parte desse mundo de razões retilíneas, pelo menos não completamente. Porque eu gosto mesmo de gente incompleta e coisas imperfeitas. Daquelas que precisam de muita cor, dor, música, poesia e amor pra mais ou menos se inteirar. A vida não é completa, mas é inteira.

tentamos entender Entendemos que apesar de nós acharmos que talvez o carinha lá em cima tenha errado nossa comanda, e nós possamos estar pagando a conta de outra pessoa, na verdade, o troco será nosso, e talvez nossos juros possam ser ainda maiores.

Live, love and give yourself the chance to be damaged grow.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O silêncio assustador era engolido junto à saliva, a luta era intensa e vivida há anos, e só os mais próximos faziam ideia. O intuito era este mesmo, de não deixar transparecer no rosto, uma técnica aprimorada ao longo dos anos, que permitia manter o semblante o mais sereno possível, ainda que por dentro, ao invés de borboletas no estômago o que existia era uma faca enfiada no peito, que virava e mexia insistia em fazer questionar a tudo e todos, desde os valores que as pessoas carregam até a arte de sentir tesão, amar ou viver.
 
Nos dias que passavam era comum se pegar viajando no meio do expediente, observando a obviedade de que o mundo continuava a girar sem sequer se importar com a guerra que era travada entre seus neurônios e seu único coração, que, um tanto quanto teimoso, sempre acabava por vencer e ao final da luta, depois de todo sofrimento, por ele mesmo cultivado, ainda tinha que ouvir do 'tico e do teco' a temerosa frase: eu(nós) avisei(avisamos). O que restava ao final de todas as batalhas? O "peso da razão de ser do universo caido, agora sobre seus ossos, derrubando-o, pelos ombros, ao chão".
 
Quando pensava e observava as pessoas ao redor, paralisava todos os movimentos e engolia qualquer sentimento passível de exposição. Desta forma, pouco a pouco acabava forçada (por si mesma) a acreditar que não merecia viver a vida que esperava ou sonhava, teria que viver o que era cabido, pensando que as escolhas feitas, que permitissem o desvio deste tal futuro cabido, a fariam miserável, desertora ou ainda de uma ridícula em busca de algo que nunca encontraria, travando batalhas e mais batalhas, sem sucesso, vivendo verdadeiros episódios de "a caverna do dragão".
 
(...)
 
Depois de anos de experiência, entendeu que a dor da solidão seria para sempre igual, o que não importava mais, já que via sempre um caminho tortuoso à frente, mas desta vez, talvez pela primeira vez, não via mais nenhum outro. E decidiu seguir em frente, obstinada a enfrentar mais um capítulo como os vividos na história em quadrinhos, ainda que o final (ou o não final) fosse o mesmo de sempre. E o medo tomava conta, e afundava ainda mais aquela faca cravada no peito. Mas decidiu que iria. À frente. Mais uma vez, disposta a ouvir do tico ou do teco a mesma resposta já antes ouvida.
Como uma aparição do mestres dos magos, parecia ter ouvido que haveria de caminhar por onde haveria de caminhar, e tinha ficado tão claro que na verdade eram outros os sonhos, outros os desafios e seria outras as conquistas (e os sofrimentos também). Pagou pra ver.
 
No primeiro dia da batalha encarou tudo e enxergou, finalmente um novo mundo. 
 
Dava, enfim, seu primeiro passo, num novo ano, rumo a uma nova vida.

terça-feira, 17 de abril de 2012

May I?


Long time without writing anything here, I just decided to do it, again. Writing about my heart and my understanding about the way life goes.

Suddenly I met many people again, people I had lived for long years during school, during my childhood. People who were there for all the time, when I wasn’t. When I unblocked my life, I started seeing everything again, because my eyes became opened once more.

As people say ‘life doesn’t give you a second chance’ and I was having mine, I decided to go for it, with no fear and determined to live everything intensely, enjoy all things life could offer me, without holding myself in anyone, this time.

From this point on its history, history of search, desire, denial, resistance. I found many interesting people, many old friends, became happy and free again. And guess what? My heart started beating once more, even if I was giving all I could not to see it. At this point all the ready-made phrases were in my mind.

Almost a year had gone and I wasn’t sure if I was ready to invite someone to my life, and I asked myself if there was anyone enough emotionally intelligent to understand the mess in my chest, my craziness, my lack of faith in relationships.

Hearing what everybody was telling me – those saying people seem to know so well – that ‘when you least expect it, the thing you always hoped for happens’, made me think again in some points. I don’t know if it was the way I was cranky and blunt from day 1, or if it was the way I, without caring about what he would think, undressed all my demons one by one as if he was an old friend, and I’m also not sure if it was my repulse for happiness that kept him interested all over the time in which all I did was everything to push him away from me.  

Actually, it doesn’t matter. Saying his love for me has changed me and has changed my love for myself is such a cliché and sounds so much less magnificent than what this story really is. Saying that we are soul mates and made for each other is cheesy and I really don’t believe in fairy tale love because I have always been the kind of person who developed an incurable rage for everything that was too sweet or too cute. If I say I’m happy and I have never felt anything like it or that the chemistry, the laughter and the passion are, by far, the best of my life it’s going to sound just as my endorphins are speaking on my behalf.
So, I decided not to say anything. I lived all my life searching, speaking and writing about love and at this point of my history, the only thing I can think is that, so far, I had absolutely no clue of what love was really about.

For a long time I have been writing my introduction. So now, may the chapters begin?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor de mãe

Este ano serão completados 10 anos do dia de sua partida e eu continuo passando todos meses de Dezembro angustiada, como se ela tivesse acabado de morrer. Na verdade, Ivete Cotrim Ferraz Sanches se foi num dia de 2001 que me assombra até hoje.

Quando nasci ela era uma cabeleireira, saída de Saltinho, interiorzão do estado para uma cidade, ainda interiorana, um pouco maior, passando da simplicidade à classe média apenas confortável. Entregava a mim (e também à minha irmã) seu total sacrifício para que nada nos faltasse. Trabalhava como um louca para, junto com meu pai, pagar o colégio e todas as aulas extra-curriculares que tanto gostávamos. Sem dúvida, seu amor era incondicional. Todos os dias éramos acordadas ouvindo 'te amo, te adoro, te venero', bem como íamos dormir ouvindo as mesmas palavras.

Mãezinha (como era chamada por muitos) nos ensinou o que não estava nos livros - ética, gentilezas, sorrisos, a tratar as pessoas de forma carinhosa e com boas palavras, a ouvirmos boa música e que rímel, lápis nos olhos e blush, faz bem a toda mulher. 

Apesar de eu não ser tão empenhada aos estudos e aos instrumentos, como minha irmã, sempre que eu chegava com uma ideia maluca de aprender a tocar violão ou mesmo saxofone, ela me apoiava; mesmo sabendo que minha loucura sempre foi pelas bolas de futebol, handebol, basquete, bicicletas e skates...

Enfim, hoje não trago um texto triste. Só decidi compartilhar um ou outro detalhe da nossa riquíssima história. Pra te lembrar, meu amigo, que você, que ainda tem sua mãe por perto, carrega um tesouro ao seu lado. E lembrar a mim mesma, que mesmo não tendo mais mãezinha pra me coçar as costas, também carrego um tesouro, no meu peito, e tatuado em minha costela.

Amor de mãe. Tem explicação?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Continuar

A calmaria das manhãs sempre a acompanhava, era como se as luzes do sol do domingo de manhã fizessem parte de sua pele e quando era exposta a sua luz quase avermelhada projetava uma sombra tão grande que, quem olhasse, jamais poderia dizer que pertencia a um corpo tão pequeno.


Ela caminhava em passos decididos e firmes e tranquilos. Observava cada milímetro à sua frente: calçava sempre grandes saltos, e não queria arriscar vê-los presos em uma fresta. Jamais temia um tombo, já que todos os passos sempre foram firmes, temia era estragar o calçado, que a acompanhava para todos os lados. Trazia nos olhos o rímel preto e o lápis sempre marcado, olhos estes, cheios dos dias que passou longe, de chuvas e trovoadas, trazia a paisagem de lugares distantes e impensáveis, que talvez nunca estivera, olhos cheios de dissabores, mas com muito mais amores.


Em frente ao espelho, a princesa em sua torre solitária, anacrônica, agredia a paisagem ao mesmo tempo em que a tornava única, inigualável. Foi ela a responsável por tantas aventuras de infância, não só minhas, mas dos primos, quase meus irmãos, e dos tios, quase filhos dela... foi ela o argumento de tantas mães para convocar os filhos de volta para casa, foi - e ainda o é - a silenciosa guardiã de mistérios que confundem-se entre fantasia e ficção.

 **

A véspera de ano novo deixara a noite vazia, as pessoas histéricas, mas o cachorro, seu companheirinho, este não, estava calmo, fora do normal. Na visita olhávamo-la, enquanto enfermeiras caminhavam e sempre esticavam os olhos pro quarto, querendo saber como a ‘dona da luz’ estava aquele dia.

Já havia se despedido de todo mundo durante o ano que passara, e já havia avisado que aquele seria seu último, que sabia daquilo. Para aquela noite, ela havia preparado tudo, pensado em tudo. Convenceu-nos que deveríamos sair, nos divertir. Convenceu a tia que ela precisava descansar, que estava tudo bem. E fomos, e aceitamos, e acreditamos.

Ela era assim, inspirava segurança, confiança. E também se foi assim, segura e confiante.

**

Hoje à noite, enquanto caminhava, sentia vir a suave e gélida brisa e o cheiro de terra molhada, da chuva que se aproximava, do mato, e ouvia ao longe o canto de algum pássaro que, estranhamente, permanecia acordado. Revia muros e cercas, revia cores que eu sequer conhecia. Vinha dela, talvez?

Parei por um momento, segurei Joaquim e deixei meus pulmões serem invadidos pelo frescor da garoa, como se puxasse em minhas narinas a própria pureza da água que começava a cair do céu.

E era hora de voltar, enxugar os olhos e terminar a noite, para amanhã recomeçar.

... Continuar ...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

When it happens

At a certain point in our lives, we are blessed with someone who we think will forever stay with us. We fight our hearts out to make the relationship work. Plans and goals that we have charted for ourselves when we were younger start to change and we start to envision a future with that special person. We miss drinking sessions so we could be with our special someone. We literally brave heavy rains just so we could make that movie date happen. We were happy doing all these until fate takes a turn and things start to change. You feel all drained and exhausted. Every single thing you do for your partner slowly becomes an effort. Appreciation is no longer felt. Things slowly fall apart. 

We get torn. We get broken. We get shattered. But things are bound to fall where they truly belong. If it’s meant to be lost, hearts will certainly break but you should also be forever thankful that someone like him came into your life. If the person stays, learn from the experience. If he worth holding on to, fighting for and living for, I see no reason why you should overwhelm yourself with the pain of the possibility of losing your partner. 

Remember: No storm can break two hearts that are meant to be together. If he is meant for you, trust the heavens that your other half will find her way back to you. And more importantly, do your part to make your relationship with your partner work. Love isn’t a one way thing. It takes two people in love to make a relationship work. If one falls out of love, live the pain but not for too long. Cupid’s arrow might miss you when it’s time to meet the right one. 

Hearts love. Hearts break. Hearts learn. When it’s time to love, give your all and regret nothing. When it’s time to let go, cherish memories but always make room for a greater love that’s bound to stay forever.

Today I think I found my way and the right one found me in the way. Today I feel blessed. And I'll fight for it. Just for today... and tomorrow I'll think this way too... living one day at a time. And I can do it because the one who is with me today allows me to think like this. I can live one day at a time, and I can feel all the emotions... with love.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Good bye


It's true. It was my fault going away. The fault is mine having let you in, sit and do whatever you wanted here. My fault look at love with those needy eyes, I end up fooling myself about what really is and what it seems to be. I am guilty of wanting too much and end up accepting - every time - the second best, the almost amazing, what gets first.

I am guilyt, I don't deny, but, I'm sorry, this time I wont be ALMOST happy, half complete.

Get my message. Leave, please, just as I did.
I took the first step, so, please, continue the way, 'cause mine is so clear now.

I'm just in love. I just can be myself as I trully am.

'Good bye my lover, good bye my friend'.

Quem sou eu